Osiris - A História De Um Poeta Nunca Lido letra (lyrics)

[Osiris - A História De Um Poeta Nunca Lido letra lyrics]

Passa o tempo

Passa o tempo agora que seja como queiras
Vou me submeter a transformar-me
No que desejas
Noites inteiras a contemplar o
Brilho das estrelas
A pedir desejos mas as realizações nem velas
Aprendi que o sol nasce para todos
Mas só brilha para alguns
Habitei a escuridão mas procurei a luz
Nas costas carregava e assumia os teus sonhos
Comprometi-me a renascer diante
Destes escombros
E a lua que iluminе o meu caminho
Por entre batalhas noturnas
É o mеu espírito destemido
Aguardo o destino, eu e a solidão sozinho
Componho meu hino
A História De Um Poeta Nunca Lido
Arrasto-me pela cidade, esquecido


Olha para mim ferido zangado contigo
Contido com um olhar desiludido
E contudo a fazer o máximo
Para me manter sóbrio
Isto sou eu metade raiva metade ódio

Eu não 'tou bêbedo isso é mentira olha
É mentira eu não bebi nada
Eu bebi água Luso, água Luso

Cheguei, eu estou aqui perto de ti
E vejo tanto que eu tinha planeado para mim
Eu também procuro a explicação dos pássaros

Sobretudo espero o início dum mundo livre
Como sou desmotivado espero que
Ele próprio se mude
Desconfiado, desacreditado do próximo passo
E em cada passo caso sempre com o meu passado
Falhado é o meu nome porque falho
Em tudo o que faço
Descreve-me, só te vem à cabeça fracasso
Por favor Diabo deixa-me de uma vez por todas
Eu não escrevo versos
Eu grito à desgarrada as minhas histórias
Já não és mais meu Anjo da Guarda
(Agora sou eu próprio)
Podes crer nada me para
(Transformo em metódico o caótico)
Acima de tudo mesmo que tudo mude
(Vou ser eu próprio)
Mesmo quando bate no fundo
(Nunca deixar de ser eu próprio)

Divorciado da vida faço uma retrospetiva
Relembro memórias guardadas nesta
Viagem introspetiva
Já queimei uma floresta agora semeio
A minha própria árvore
Já destruí a minha cova e agora
Sou eu que a cavo
Ferrei as unhas nas palavras que
Da minha boca saem
Moldei o meu rosto de acordo com
As lágrimas que me caem
Endividei-me com aqueles que
Se preocupam comigo não hei de pagar a
Dívida porque sou mal-agradecido
Nunca fui muito habilidoso
Dizem que sou estranho e esquisito
Entre aquelas que me acham bonito
(Esquece eu já disse isto)
Muda o fundo e a personagem
Mas a história se repete
E que isto era a minha mão
Que de novo a escreve eu repito
Segredarei-te quantas vezes for preciso
Que a única coisa que mereço é morrer sozinho
Lamentar-me-ei desgraçado
O meu companheiro será o vinho
E juntos imaginaremos aquilo que
Eu podia ter escrito

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