PokSombra, DJ Magreen, Garcez DL - Retrato letra (lyrics)

Essa é pelos que nunca foi ouvido
Por quem nunca foi visto
E que se não for nós vais seguir esquecido
Eu lido com situações de descaso
Com o ser humano pois, ser humano é mais que
Dar esmola ao desfavorecido
Meio que distraído eu me deparo
Com nego iludido com grana ou com
A porra de um Camaro
Presta atenção nos aro comprado com mesada
Cê quer também
Mas esqueceu que as conta não tá paga
Do outro ali que desistiu da lucidez do mundo
Fez utopia virar terapia e se viu lá no fundo
Mas tranquilo com o que tinha em vida
Tem horas que eu vejo que a
Educação é a única saída e o que fazer se o
Futebol é ilusão pra perifa
Desapropriação do morro é a nossa justiça
Algumas coisas que me fazem
Ser meio extremista
Falta escola mas sobra estádio
Pra copa da FIFA (E a gente segue surdo e
Mudo perante esse retrato social)

E a gente finge que não vê
(O que que pega aqui que que acontece ali)
Mas todos viram o que eu vi
(Branco e preto pobre não dão
Sorte contra o meritíssimo, Então)

Somos todos consequência dessa guerra
Que domina terra
Desumanização onde o capital impera
Num pega pra capar que no
Final geral se ferra
Desenvolvimento com a favela
Sem moradia, sem educação, ostentação na tela
E na pressão do mundão
Quantos se vão na viela?
Na armadilha que leva a cela
Culpa de uma politica omissa que nos fode
Num país onde com dinheiro tudo pode
E a imagem só engana gringo se assanha
Mas nem sabe o que se passa nas entranhas
Onde o tratamento é no choque
A base de spray, fumaça e fuzil
Democracia, alguém viu? Não! Isso é Brasil
Onde nem povos nativos tem direitos
Democracia desumana vem causando efeitos
Retrato branco e preto
É o descaso, desnível do condomínio ao gueto

E a gente finge que não vê
(O que que pega aqui que que acontece ali)
Mas todos viram o que eu vi
(Branco e preto pobre não dão
Sorte contra o meritíssimo, Então)

O artista tem um compromisso com seu
Povo e com seu tempo sou Brasileiro
Homem do continente americano que sei
Tem destino de grandeza e liberdade
Afronte nos andes declina serena
E o atlântico
Humilde se estende aos seus pés