Consciência Humana, Facção Central - Estratégia letra (lyrics)

[Consciência Humana, Facção Central - Estratégia letra lyrics]

Aí playboy, zé povinho
Principalmente grupo invejoso
Mais um motivo pra vocês perder o sono cuzão
Lado á lado
Facção central e consciência humana
Eduardo, WGI, Aplick, Dum-Dum, Adriano
O campo de extermínio tem a voz truta

Junção, revolução
Do lado leste da periferia de São Paulo CH
Lado Sul Facção, salve
Salve nação brasileira vamos que vamos
Que a nossa revolução seja feita

Aí até problema com polícia vocês tiveram
Nós também tivemos
Aí até nisso nós somos parecidos aí
Facção central e consciência humana
Lado á lado

Maloqueiro só monstro
200 filho da puta 3 a quadrilha ta formada
Só criminoso na parada da rima
Firma, assim que chega

Grande estratégia, planejamento
Quantidade de investimento
Disposição pra agir
Partir pra violência individual
Á procura estrutura status social
Sou mais um jovem disposto a
Matar ou ser morto
Fruto dessa sociedade massacradora
Filho de operário da década de
60 vítimas do regime militar
Vida dura, ditadura
O sistema regente fecha as portas
Do horizonte, revolução, nação
Ou parte pra guerrilha ou assume a alienação
Globalização, manipulação
É tanta humilhação que o povo não suporta
E através do crime organizado rebela
Protesta abala os quatro cantos da
Estrutura da classe social
Acho normal que a violência exista
Ela é apenas mera conseqüência
Da falta de justiça
Da existência de uma par de falcatrua
Ganância, corrupção na administração
Moleque com pé no chão
Homens com arma na cinta
Exposição de sexo, tráfico de cocaína

Grande estratégia, planejamento
Favela, favela quantidade de investimento
Parceria, disposição, disposição

Enfia no cu suas FM, sua emissora, sua mídia
Ou na laje minha antena
Pra freqüência terrorista
Já lançou sua fórmula de minuto nas crianças
Hoje o ídolo é o careca ou
De black ou de trança
Sei como é difícil pra você ver novela
Com os carros com o rap
No último na sua janela
Enquanto você tava pondo silicone
Na sua vadia fiz por amor a pivetada por
100% negro na camisa
Hoje somos tipo as FARC mas sem míssil
Escopeta
Somos o exército de calças largas e bombeta
Pergunta pra sua filha em quem ela se espelha
Na puta de biquíni na banheira da tela
Seu sonho é posar na PLAYBOY na SEXY
E mostrar o Making-Off no programa da Hebe
Por isso sou letal igual monóxido de carbono
Pra ovelha do meu rebanho não se
Perder igual cão sem dono
Dou assistência 24 horas sem carência
Apareço sem limite de consumo de letra
Tipo os boys do impeachment
Mantenho a cara pintada
Mas não com tinta de faculdade e
Sim com o sangue da quebrada
No dia á dia conquistei minha psicologia
Pedindo moeda com a minha mãe
Na porta da drogaria
Quantos meses, quantos dias, quantas horas
Me humilhando pro meu irmão ter
Uma cadeira de rodas
Quando o cuzão do meu pai morreu
Vi que Deus era sábio
Deixou os bens pras amantes
E nada pro Eduardo só que com o tempo me
Fiquei alto com mais valor
Ingresso pra trilhar na estrada da dor
É necessário deixar pegadas nas
Labaredas da vida
Pra ta credenciado até na nossa comitiva
A lágrima secou e virou escudo de aço
E quem pra comer olhava carro hoje é soldado

A heroína conduz um garoto ontem inofensivo
Hoje um monstro dentro da sua empresa
No dia da caça você é a presa
Você é o alvo na mira de um psicopata armado
Um homem violento, como não ser violento?
Com tanta agressão social que
Nos mata por dentro sentimento, favela
O ser humano cria defesa e essa é uma delas
Arma branca pra cima de
Você em qualquer circunstância
Arma na mão de adulto, arma na mão de criança
Várias, várias, diversificadas
Mas a maior arma do ser é a mente engatilhada
Desperta o instinto, o psico que mata
Quem criou o calibre criou a guerra
Criaram as diferenças entre os
Habitantes desta terra
Imensa diferença social
Os índios, os negros num quadro social
Por igual discriminados acreditam até a morte
Sociedade fantoche, pobres, sábios, humildes
Excluídos que vieram afastados
Do extremo leste
Sobreviventes da violência urbana

Minha cultura é tipo fita isolante na lotação
40 buracos no mesmo corpo no pavilhão
A professora mentirosa quis me
Iludir na escola
Com livro hipócrita sem minha raça
Minha história
Pau no cú do português que pisou aqui
Quero saber ver e ler sobre o meu herói Zumbi
O ensino que deveria ser o alicerce do homem
Tem moleque na oitava não
Escrevendo seu próprio nome
Estamos no fronte pra não
Te deixar órfão perdido
Ser auditório ambulante das vacas
Dos Estados Unidos
De coração pra coração essa é a sintonia
Arrepia lembrar do dia da lágrima da tia
Desculpa mãe no cinema da penitenciária
Comoveu vereador e a professora do Cocaia
Esse é meu culto do Dum-Dum, este é meu creme
Que não vai ser tirado de mim
Nem pro civil nem pro PM
Nem a cela gelada de Presidente Bernardes
Arranha a ideologia do rapper de verdade
Entre o ônibus em chama e a faculdade fechada
A profecia do lunático aqui é concretizada
Aí cuzão de Z3 tem um mar
De sangue no meu rap
Mas é você que manda pedaço
De criança via satélite
Todo playboy é um George Bush com potencial
Procurando seu Iraque pra testar o arsenal
Sei o que te ofusca no poder
Chicotear minhas costas
Estuprar minha filha
Me vender acorrentado pra Europa
Talvez minha parede não veja um disco de ouro
Mas um prêmio já ta ganho só
De tirar o teu sono
Favela não tem Bomba, Super-Homem nem Abade
Mas tem FC e CH na linha de combate

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