Colónia Calúnia, TILT - Amor Romano letra (lyrics)
[Colónia Calúnia, TILT - Amor Romano letra lyrics]
Eu vim a rebolar por essas
Escadas que nunca vi
Desenterrar esmeraldas da carne é
Um milagre q'eu pagava
Para ver com a minha consciência vendada
Por aí ando, zig-zago, lambo espinhos
Pacto de sangue com quem se
Caça gambuzinos pelo efémero
O meu género é dum cego que segue cegos
Cujos outros cegos seguem
Aos sábios peço silêncio
E aos que têm pregos, preguem!
Erguem e fervem águas paradas
Num equador emo
Vim p'a dar a conhecer a fome
Ao público devorador de feno
Gente apta p'abrir covas com as unhas
E eu a desenterrar quem lacta e
Abre os olhos às fagulhas
São pulhas e pulhas
Filho, tu não me orgulhas
E garanto-te que tu não singras
Como seringas sem agulhas p'a vacinas
Tipo c'a resposta 'tá no sangue
Que vasculhas em chacinas
E convencem-me que sou salvo
Pelas patrulhas assassinas
Se assinas, pico um pouco e morro um pouco
Pelas narinas, dou-me às rimas
Achas as minhas linhas dope mas não me animas
São alavancas depressivas
Chapadas sem mãos, mãos sem polegares
É bom reformulares se alegares que brilhas
Podemos nos cruzar por lugares que trilhas
Sem cavilhas, pronto a explodir em áreas
Vim p'a dar as luzes às cobaias
Que são várias do tipo, "eu sei que caí
Mas calma aí, cuidado, tu não caias!"
Se alguma escrever música para entreter
É porque eu perdi a urgência
Pela razão e penitência
Mas se a razão de viver
É dissecar a existência
Eu vou questionar ao mergulhar no
Fundo do meu Ser e eu vou ser
Um explorador honesto numa de poder crescer
E dar o meu valor ao resto
Ganho quando souber perder
Perco quando souber ver
O teu brilho a incandescer
Pelo q'o Teu esplendor oferece
Vejo muitos convencidos, cheios de certezas
Com tampões nos ouvidos, mergulhos de cabeça
Mas dão chapões nos olimpos
Ferros da marquesa ao vivo é coma de Roma
Sintoma é tu nunca os teres ouvido
Oh amigo, mas qual pátria?
Sou pó da Via Láctea
E a importância que eu coloco em
Mim é falsa como a Máfia
Queres brotar na árida corrida de concreto?
Venerar a máquina e tornar
A Arrábida um deserto? Isto é interno
Metáfora é a linguagem de quem não sabe
Descrever um milagre
E que devaneia por completo
Eu devia ser directo?
Por mim tinha a postura de quem acorda cedo
Erecto p’a rasgar a costura do fato
Que não serve e visto
Com orgulho e a vergonha
Deste sentimento misto
Aqui não se ouve um louco, quem é são é outro
Coração é oco mas prefiro assim
Do que cheio de lixo
Às vezes sinto-me um barco
Ocupado e moribundo sem serenidade, assumo
E se tiver um furo, afundo é triste
Mas mudava, eu juro que mudava
Se não tivesse viciado ao ver
O meu reflexo na lâmina
Um dia derreto o perverso alicerce
Com nexo de quântica
Enquanto tentas clonar ou violar a orgânica
Pesquiso intimamente, cada átomo
Cada plâncton vou ao fundo da questão
Submerso como Atlântida deixo-te o aviso
Cerco e honro o microfone para combater
O ego do teu cargo eu vim domar o verbo
Não p'a terminar com "ar"
Mas p'a ficar para sempre sem
Oxigénio no meu quarto
Se alguma escrever música para entreter
É porque eu perdi a urgência
Pela razão e penitência
Mas se a razão de viver
É dissecar a existência
Eu vou questionar ao mergulhar no
Fundo do meu Ser e eu vou ser
Tudo aquilo que tiver de ser e eu vou ser
O que tiver de ser aceito o fardo
E eu vou ser tudo aquilo que eu tiver de ser
Sem me arrepender de nunca dizer um obrigado
Hoje sou um explorador honesto
Numa de poder crescer
E dar o meu valor ao resto
Ganho quando souber perder
Perco quando souber ver
O Teu brilho a incandescer
Pelo q'o Teu esplendor oferece
E obrigado e obrigado
E obrigado por um dia me teres escutado
A sério e obrigado
Obrigado
Obrigado pelo amor incondicional sem
Teres julgado o néscio "A Besta"