Colónia Calúnia - Callabriga 2011 letra (lyrics)

[Colónia Calúnia - Callabriga 2011 letra lyrics]

Está a gravar não é? Isso
É que é importante saber obrigado
Engraçado é os kicks serem soltos
Desde que nasci, eu 'tou morto

Desde que nasci segui um rasto de animal
Demoraste um ano e tal
Mas sempre fiz um holocausto canibal
Seminário, cemitério, semi-sério, Smeagol
Às portas do parlamento esmago
A cara ao Aníbal
Vá people não há razões pa’ pânicos
Sei que estamos bem entregues
As este cabrões satânicos carrego crânios
Egos quânticos dão concertos cá dentro
Repara me'mo, são meros mecânicos
Paulo limpas portas
Escrevo sânscrito nas portas em que bato
Dou tiro nas costas em combate
Névoa que passa, trago pitéu doce
Fecho a época de caça


Ergo a tua cabeça ao céu como se troféu fosse
Mel doce, mel doce, bafo amargo é o meu Fargo
Pedro, gravo mas não me lembro
Odeio tempo, chuva e relógios ao me'mo tempo
Temo, escrevo
Curto e amputo o membro esquerdo
Avatar underground mesmo que rime
No primeiro andar abater alvos no meu radar
Batalha naval, calha natal
Neve cai e skydiving
Não falha nasal, chamo-lhe timing

Só ’pa ver se 'tá tudo em linha
Carrossel de rimas, roda bota fora
Escarro há sete dias, vives numa dessas poças
Estilo livre em dicas vim do mar em prosa
Beats 'pa saliva
Só quando o caldo se entorna
Pede-me sons a falar sobre a vida
Enquanto a nossa é foda
Acenei c'a pinha falei da
Minha e foram-se embora
Reanimo o ânimo, animo o mano e pulo
Daqui a mil anos e durmo na era de inoportuno
Respira puto, não se trata d'onde escreves
Mas como o metes no loop
Como é que queres que eu tenha escrúpulos
Se nesse aspeto és imune
O time traz Alzheimer
A net 'tá mais rápida mas o router puff
A luz da máquina funde
Andaimes caiem a fundo
No cérebro que pensas ser Louvre
Nem um terço do move
Não convence o miúdo mas
Se saídas definem rumos sai da rotunda
Sem a segunda no bucho
Estás com os máximos, reduz

Cabeça na lua, pés no chão mal saio à rua
Subterrâneo perde noção da realidade
Quando sobe ao rés do-chão
Malcriado, diabrete tirado da
Caixa de pandora
E treinado para atingir o pináculo
Aquando pedrado, pó na cara ou põe na água
Mete um Hoffman e depois diz que faz triatlo
Faço teatro, no beat com direitos de ator
Vim representar no move e
Tenho direitos de autor
A sublinhar falas minha deixo aqui
Um rasto de cor do poeta criado no interior
Do meu imenso reator
Bonita a pedra, escrevo a dormir a sesta
Alinho os sete chakras e equilibro
Um menir na testa
Caminho sobre brasas com uma coroa de mesca
No topo um ninho de larvas e
Às costas a cruz de pedra

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