Colónia Calúnia - Confessionário letra (lyrics)
[Colónia Calúnia - Confessionário letra lyrics]
Colónia Calúnia
Confesso ser mentiroso
Não ter feito nada que te
Tenha feito partir ossos
Espero que alguém me leve a sério
Não preciso de médico se
Tenho remédio anti doce
Sou a obra dum génio que subiu
A um prédio e atirou-se
Agora o meu quintal é um cemitério
Pontas e beatas sem critério
Esta é pelo mau carácter
Erva para o meu cadáver
Quando chegar o dia do meu assumido tédio
O meu mal é fundir palavras, sou "sinsério"
E não dar crédito pr'o que inalas
Mas ter um nariz de débito
Quanto à raiz de céptico
Tem um cariz venéreo
Que cria um falso herói e o povo elege-o
Mau-génio que corrói constrói impérios
Tolstói em M’s dá luz aos hemisférios
Sem nervos à flor da pele
Milénios duram milésimos
Vim socorrer milénios
Afundados em pós épicos e cosméticos
Na minha cara podre olhares sintéticos
Sobre a Terra onde brotam prédios
Jardins férreos, raiz ébrios
Juro que esta matriz segue-os só no gozo
Confesso ser mentiroso
Não ter feito nada que
Tenha feito partir osso
Espero que alguém me leve a sério
Não preciso de médico se
Tenho remédio anti doce
Sou a obra dum génio que subiu
A um prédio e atirou-se
Vês da queda o mérito
Deu um outro ar à coisa
Com botijas de oxigénio pr'o idoso
Vê como o karma baloiça enquanto é novo
Com a cabeça a prémio decapitou-se
Um cabaz de pele e osso
Cabeça pendurada pela gravata no pescoço
Peço que alguém me leve a sério
Não 'tou morto, tenho o corpo de repouso
Consigo observar de longe c'o
Meu sinistro olhar de
Em que a vi passar de perto
Só pa' fazer cara de nojo
E obrigado, caprichaste no meu ego
Aprendi a olhar de cima
Para me acharem cabisbaixo eu confesso eu
Sinceramente o mundo é frio
Em atmosfera quente
Apanho o pico de calor no rio e visto o kispo
A terra com os germes que incutiste
Pelos meus crimes Cristo mas perguntam man
"Como é que te divertiste?" somos vermes
Trimestre com três tristes tigres
A virar mestres estilo Hermes Trismegisto
À frente da queda que eu feliz registo
Endeusa-me quando entranho as mãos na cultura
Sem bisturis retiro o quisto
Acho que estou a ver o teu disco
A estrutura vai ruir
O mundo vai querer fugir
Falo disto a quem tem corpo
Diz que ninguém sabe
Para ti que 'tás atento a ouvir
Confesso que é um segredo daqueles
Que mato a quem conto
Culpado ao ponto de mexer no globo
Reverto o efeito estufa
Não abro as janelas só até fazeres a tua
Isto é Colónia Calúnia
Tirar o cheiro a unha no Confessionário
Estufa em terra santa é santuário
A culpa enterra com artimanhas em tanto lado
Contando com este quarto que
Sucumbiu neste palato
Tenho um T4 compactado no meu crânio
Tanta coisa se assumiu em
Santa Cona de Assobio e eu colado
Confesso ser mentiroso
Não ter feito nada que
Tenha feito partir osso
Espero que alguém me leve a sério
Não preciso de médico se
Tenho remédio anti doce
Sou a obra dum génio que subiu
A um prédio e atirou-se