João Pestana, Soul Providers - Dor de Pensar letra (lyrics)

[João Pestana, Soul Providers - Dor de Pensar letra lyrics]

Alguém reduz a luz do ecrã
Jogo limpo na suja cidade a
Tentar ver um amanhã
Sem vontade nenhuma de puxar o brilho
Eu sou filho do, ténue, do febril
Do fabril do sarilho
Do enfrentar a estrada sem clara visão
São sem razão nem aparente explicação
Ou tal apreciação de quem rodeia
Fartas vezes que entaipo a pulsação
Zero iluminação para aclarar ideias
Minto, admito, admito, minto
Talvez fuja da plateia
Sempre cheia quando caio
Sempre oca quando venço, ambiente tenso
Ouço o eco e não nego
Acontece menos que aquilo que penso
Vitória é relativa neste campo imenso
És tu ou o inverso
Do outro lado do espalho baço há riso largo
Com o nosso desagrado sobre


O vosso passo bravo
Vou demorar a solucionar esta dor de pensar
Vou pensar em demorar na dor de solucionar
Até que já não sinta o latejar
Dos anos a passar
Ou a pressão na panela a acumular
Cliché a confirmar a vida é mesmo só viajar
Sem destino a confirmar ou
Grande história a enquadrar
Simples como a rima que estou a usar
Deem-me ar a contaminar ou cuspir
Não refuto prova que existo
São as quadras que repito
Mesmo quando eu desisto

'Tou traduzido nas palavras doces ou amargas
Não na medida das passadas curtas ou largas
Quando um dia for deixo a alma num poema
É a dor de quem pensa

Dissecada num teorema
Mas sem uma prova plena
Ainda não resolvi, ter solução, não
Tenho, explicação nem esquema
Nem sequer palavra amena
Como sempre não disponho duma mesa
Plano escrito no joelho
Torto por linhas tortas
Tinta é sangue vermelho
Sempre ouvi não dar tudo, mas é estranho
Como não dar tudo, se tudo é tudo o que tenho
Também perco pelo meio a mim mesmo e o resto
Na enxaqueca que eu detesto
Mas perco vidas a sarar
Ciente que sem ela sou mais um a andar
Divagar devagar, divagar devagar

'Tou traduzido nas palavras doces ou amargas
Não na medida das passadas curtas ou largas
Quando um dia for deixo a alma num poema
É a dor de quem pensa

Como é que vou solucionar
Escrevo rimas para passar
Não deixo pedras por virar (dor de pensar)
Será que dá para ultrapassar
Fumo denso a pairar
Queimo incenso para curar (dor de pensar)
Como é que vou solucionar
Álcool para a ferida fechar
Estrada é para palmilhar (dor de pensar)
Será que dá para ultrapassar
Até o mundo colapsar
Escrevo para tentar curar (dor de pensar)
Escrevo para tentar curar, dor de pensar

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