João Pestana - Energúmeno letra (lyrics)
[João Pestana - Energúmeno letra lyrics]
Normalmente só me levanto se o sol se puser
Cinza na cara, furo no colchão
E o fumo dum canhão no lugar duma mulher
Marca deixada nos lençóis e o
Perfume é a suave difusão
Da escolha que eu fizer
Seja Chanel ou marroquino, Dolce ou Paquistão
Aspiro como o verme que sou
Sem nada para fazer
É tão benéfico ser inútil como
Quem tudo faz na vida
Viagens, carros, jóias, casas
Nada levas na saída
Qualquer formiga diz que é pouca
Uva e muita parra
Agarra na feira mas sonha um dia ser cigarra
Será sempre a mesma conclusão
Sе repetes a quеstão
Porque é que uns fazem e outros não
Limita-te a ti e ao teu raio de ação
Porque é que não dão o
Seu valor à inutilidade
Ócio e diversão são sílabas da tranquilidade
À Lá Gardere é á vontade
E não existe outra opção
Não mandarão no mandrião
Não mandarão no mandrião
Eh meu, eh meu, eh pá
Fiquei em coma tanto tempo
Costas colaram ao sofá não te rias assim por
Cá vagabundos somos todos
Cada um com os seus engodos
A sonhar em ficar gordos
E vivendo ao deus dará
Houvesse subsídios de riqueza eram
Filas com certeza
No areeiro na de Marvila ou
Na tua secção social
Ricos que nada têm na mesa
E menos roupa no estendal
Não é da fauna lusa é cultural
Ser tuga é menos bules
Kit no bot e fartura no enxoval
Um paraíso fiscal e um T4 cheio de tralha
Dizer mal da vizinha e
Mitrar quem não trabalha
És presa, da tua natureza
Formiga dá o litro mas no fim
A mesa é a mesma
No fundo da sala, cigarras pedem bis
Comem restos mas não é a
Comida que as torna feliz
Será sempre a mesma conclusão
Se repetes a questão
Porque é que uns fazem e outros não
Limita-te a ti e ao teu raio de ação
Porque é que não dão o
Seu valor à inutilidade
Ócio e diversão são sílabas da tranquilidade
À Lá Gardere é á vontade
E não existe outra opção
Não mandarão no mandrião
Não mandarão no mandrião