The Zintress, TILT, Uno, Meraky - Fardo letra (lyrics)

[The Zintress, TILT, Uno, Meraky - Fardo letra lyrics]

Pesa tanto nos ombros
O que já não passa de escombros
Depois do último sopro
Eu só espero receber algum troco
Por mais que queira
A poeira não abandona estas terras alheias
Muito menos se tu não aceitas

Fora da metafísica a metáfora 'tá cansada de
Carregar a merda escrita
Depois de pensar em palha acarta com o fardo
A caixa de ritmos sem paragem cardíaca
Não penses que dás música ao gato
Que tem o faro apurado sabes lá tu o que és
Estimaste é uma condição terrestrе em Marte
Terrеstre ignora vida é como droga
Quero lá saber o que é que te dá moca
Mas acabou-se
É a morte, tou stone, zonzo, de voltas ao sol
Se não tens, acabou-se a sorte arrota karma
E que calha a todos nesta foda tântrica


Ter nascido não me fez sentido
E quanto mais penso nisso, menos sinto
Andar, correr, cair
Peso na consciência e abraço a lua
Eu assim que se fala luz
Vejo-me aqui de braços abertos

Magro como um cão faminto
Levo o karma e esta maldita vida
Que a palma da mão dita sem saber o caminho
Não te entrego, carrego e não te estimo
Hei de ficar marreco antes de ganhar
Braço de ferro com o destino
Alinho e fico, cadáver dignifico
O músculo do meu caráter até
Ficar rijo e hirto
Checka o frater inimigo de mim mesmo
Qualquer demente do Júlio me entende
Com o caduceu para a
Frente tipo Júlio Resende
Caminho como Sísifo
É a minha praxe para ver gajos
Na merda como não vês
Nem crês que também 'tás
Mas é na paz, eu ensino-te
Nas calmas até relaxo
E quando terminar as aulas hei
De mandar o quadra baixo

Farto, leve, fraude
O louco lobo da Arábia Saudita
Maldita seja a minha escrita
Do eremita que nunca se sente em casa
Com os ombros que pesam mais que paciência
Consciência mais que as asas
Alfabeto feito de adagas
Fábricas de onde saem pragas
Hajam saias também para se ver bandeiras
O fardo da guerra é pesado
É esticar o braço e garantir o meu espaço
Não é fácil, trago o peso todo da gravidade
Na gravidez da verdade, da maldade
Da dualidade da estupidez, eu 'tou na boa
Com tanto peso na tromba
Ponho tanto rum na proa
Atraco o barco mas não à toa
A minha entrega é para isto, para este som
Para esta vida para esta sina
Que já há muito tempo foi compreendida
Foi desvendada, já passei pela entrada
Ando à procura da saída
Cheio de merdas na mochila

E o mal não foi o peso
Foi o lívido quando desapareceu
No meio do meu stress, cada um fez o seu
Negaram-te a entrada porque estavas com
Um gajo como eu saíste igual a gajo como eu
Agora quem sou? Para quem te está a ver
Digo sempre "bora" mas fico independente
Carrego o que é melhor para vocês
E para vocês desejo melhoras
O homem da macacada que endireita as costas
Ao puxar pela cabeça e nunca sai ideias novas
Baseados em filmes da verdade
Conspiramos contra quem sobe
Quando nos sentimos apertados
Isto parece um abraço ou é só um ser inchado
O disfarce traz o teu traço de personalidade
É fácil ver que és tu ignoras estar aqui
Mas serviu de tudo um pouco
Constantemente carrego o nosso fardo
Desço e subo os ombros

No final do dia mensagem clara como poesia
Toda arte parte do desastre

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