Tilhon - Cidade Acorda letra (lyrics)

[Tilhon - Cidade Acorda letra lyrics]

A cidade acorda e vai para trabalhar
Para o bem de alguns só isso nos sustenta
Na mesma rotina no mesmo lugar
Já estou farto de ver a mesma ementa

Refrão 2:

A cidade acorda e vai para trabalhar
Eu não sei como é que este povo aguenta
Na mesma rotina no mesmo lugar
Isto é uma bolha e qualquer dia arrebenta
(Cota)

O despertador marca a hora mais
Um dia uma fotocópia
Já acordei mas ainda sonho
Com uma vida utópica
Escravatura moderna prazer de quem governa
Eles Sabem onde eu estou só nos
Falta uma corrente na perna

Agarrado a 8 horas que pagam
A comida que eu como
Propriedade dum patrão estou
Acorrentado no estômago
Esta rotina já me mata
Mas eu preciso de dinheiro na mão pra
Puder pôr a mão na prata

Detesto quando perguntam como foi o teu dia
Foi uma merda passei-o a fazer
O que não queria
Contra a vontade um gajo aguenta mas não cai
Tenho o meu corpo no trabalho
A cabeça está no Dubai

Estamos parados no trânsito como
Ovelhas no rebanho
O dinheiro é o nosso pastor eu
Acho isso um bocado estranho
Este círculo vicioso é uma cela que me prende
Eu preciso duma precária mas parece
Que ninguém me entende

Somos códigos de barra picamos
O ponto no leitor
Somos pessoas com família não
Somos máquinas a vapor
Sonhamos alto demais eles cortam nos a base
Arrumados em prédios divididos por classe
Cansados desta indústria que nos
Segrega e formata
Queremos chegar a casa tirar a
Farda e a gravata
Tomar um duche limpar oito horas de suor
E esquecer que somos sempre
Fodidos neste filme hardcore

(Tilhon)

Despertador toca em tom de alguém que berra
Tira o cu da cama acabou-se a
Mama bem vindo à terra
A cidade já acordou mas
Ainda espelha um bocejo
Onde buzinas no trânsito dão som ao cortejo

Há quem trabalhe para viver e há
Quem viva para o trabalho
Há quem já nasça com tudo
Sem fazer um caralho
Uns vestem-se de coragem na
Madrugada como agasalho
Em direcção à rotina com o coração em retalho

Outros dão-se ao trabalho em
Bater coro ao patrão
Uma entrevista com visita às
Molas de um colchão
Ambicionando uma carreira promissora
Em ascensão mas a tendência natural e
Decrescente até ao caixão

Moderno enclausurado
Pergunto-me o que é eu valho?
Sou mais um número, um objecto
Uma carta no baralho?
Casa trabalho, trabalho casa
Perdido neste atalho e o espelho reflecte os
Anos rugas cabelo grisalho
Ao volante da vida mas em piloto automático
Num 442 clássico modelo táctico
O fim de semana é uma bomba
De ar para um trabalhador asmático
Exijo um tempo para mim
Não complico sou prático

Então abraço a felicidade
Faço dela minha rotina
Viciado pela vida como um
Fumador por nicotina
Se o trabalho é um pé-de-meia a
Vida são dois descalços numa piscina
Porque trabalho ao contrário da vida é
Um papel que se assina

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