Tilhon - Quem não recorda ? letra (lyrics)
[Tilhon - Quem não recorda ? letra lyrics]
Via lá na via do costume
Eram tempos honestos todos todos só por um
Se um dos nossos tinha já
Não faltava a nenhum
A rua tinha outro perfume
Só pedia um dia para voltar a ser criança
Poder vivenciar de novo e não
Guardar só na lembrança
Olhar no espelho e ver o rosto da inocência
Se ser puto é sonhar hoje
Dá lugar à reticência
Poder voltar a ser acordado com
Um beijo da minha mãe
Rodeado de brinquedos e sentir-me num arem
A avó a dizer miúdo já para o banho
Joelho em sangue
Bola no braço e o nariz com ranho
Poder chorar porque caí não
Porque alguém foi detido
Porque perdi um brinquedo não
Porque perdi um amigo
Quero voltar a pedir licença
Para sair da mesa
Apressar o prato para lambuzar a sobremesa
Poder sentar na sala na ultima fila
Encarar a stora mas raramente a ouvi la
Nos cadernos estavam álbuns na
Cabeça uma atitude reguila
E nomes tatuados a corretor na mochila
Ainda hoje sinto quando brinco
Com as palavras que há uma criança em mim só
Não brinca ao que brincava
Responsabilidade o tempo traz
O tempo não volta apenas volta
A vontade de voltar atrás
Mesmo sem zoom toda a gente nos
Via lá na via do costume
Eram tempos honestos todos todos só por um
Se um dos nossos tinha já
Não faltava a nenhum
A rua tinha outro perfume
Corríamos a cidade a pé não tínhamos carro
Qual é?
Todo sangue bom todo no tom todo no lamiré
Passado é um rodízio de sentimentos mané
É poder subir as árvores estilo chimpanzé
Sem noção do pecado, cobiça e da vergonha
Tocar às campainhas para manter
A cara risonha já sabia que os filhos não
Vinham do bico da cegonha
À descoberta do mundo troquei
Cigarro por maconha
Tão bom lembrar Don Castilhon puto metralha
Inspirado pelo cheiro da calçada
Hoje trocava o castigo do
Trabalho pelo quarto escuro
Puto vive a infância mundo de
Adulto é duro eu juro
Na mesma bicicleta cabiam três
Em direcção ao bairro com os
Olhos em modo chinês mesmo sem pelo na venta
Queríamos ser homenzinhos
Querer cantar de galo mas
Ainda muito fininhos
Correr atrás da suposta liberdade adulta
Mas muitos por excesso de velocidade
Acabam a levar multa
Quero voltar a ser livre ser catraio (pah)
E voltar a fazer do recreio
A minha sala de ensaio
Mesmo sem zoom toda a gente nos
Via lá na via do costume
Eram tempos honestos todos todos só por um
Se um dos nossos tinha já
Não faltava a nenhum
A rua tinha outro perfume