Benny B, TK, PILHA, Trip - Tourada letra (lyrics)
[Benny B, TK, PILHA, Trip - Tourada letra lyrics]
Vermelho de raiva e verde de tenrinho
Porno tape de coelhinhos a
Foderem-se uns aos outros
O dono do pelouro é o de menores princípios
O que sei é nada onde nadam poucos
A maior parte afoga-se
Nos seus desiquilíbrios
O que importa aos outros
É o menor dos teus problemas
No princípio era o verbo
No fim serão reticências agarradas amarras
Fazem a vida enfadonha
Porque o desconhecido traz consequências
Quem sonha, lembra-se
Traz o brilho consigo e a sombra eleva-se
Onde o corpo vê limites
Por mais que dês palpites
A tua eloquência não vale nada
Sem uma ação que corresponda na tourada
Quer sangue inocente em conflitos
E manadas prontas subservientes
Começa a tourada ironicamente invertida
Quem espetava a farpa
Agora é o que dá corrida
Não te iludas, tropa
Andam-te a lavar a vista
Eu e tu, nós somos a maioria
Começa a tourada ironicamente invertida
Quem espetava a farpa
Agora é o que dá corrida
Não te iludas, tropa
Andam-te a lavar a vista
Eu e tu, nós somos a maioria
Não comes há dias nem sabes onde estás
Está tudo escuro
Até que abrem a parte de trás da carrinha
E dá-te um flash
Ouves milhares de aplausos e já lá estás
O barulho da bandeirinha
Parece uma pandeireta e se fosse tu na arena
Isto é o tipo de perguntas que muda a cena
Pode ser que um dia a burra aprenda
E a mula se solte e fique com tudo para ela
Nem muda a cela e janta com
O toureiro à luz das velas
Vem da tauromaquia
Esses gajos nem pagam o IVA
E só maltratam os bichos
A única parte mais fixe
É ver os forcados todos fodidos
A levar com os cornichos no
Cuzinho e no foçinho
Mas no geral é muito triste
O estado cultural do país
Cavaleiro de espada à cinta
Mais vale apostar em corridas
Sente o ritmo cardíaco
É medalha de ouro, é ganhador
Com certeza e salvam os touros
Das dores no corpo
Por terem cornos na cabeça
Começa a tourada ironicamente invertida
Quem espetava a farpa
Agora é o que dá corrida
Não te iludas, tropa
Andam-te a lavar a vista
Eu e tu, nós somos a maioria
Começa a tourada ironicamente invertida
Quem espetava a farpa
Agora é o que dá corrida
Não te iludas, tropa
Andam-te a lavar a vista
Eu e tu, nós somos a maioria
Juntam-se em multidões para ver o touro bravo
Escravos do espetáculo de holofotes apontados
Com os cornos cortados às voltas na arena
Com areia nos olhos a pegarem-te no rabo
Pavões montados em cavalos
De cima para baixo
É assim que duelos se fazem
Enquanto peões batem palmas
Quem és tu, humanidade?
E tu onde é que cabes? Se gritas por justiça
Mas não sabes o peso do martelo
Nem a mão de quem o bate
Por mais que marres bem
Não passarás dum deleite
No relógio do espetáculo onde és um tic tac
Até à última pontada
Não deixes de sonhar se a
Liberdade a ti te cabe
Cabe a ti criar um espaço de manobra
Até que a mentira caia
E o espectador perceba que
Faz parte da manada até ao fim da tourada