João Tamura, Beiro - As Horas letra (lyrics)
[João Tamura, Beiro - As Horas letra lyrics]
O nosso ardor galopa em
Direção ao esquecimento
Tu tentas que eu aprenda a
Tua calma enquanto bebo
Que eu decore a tua alma
Enquanto desço pelo teu ermo
Cambaleando, crente
Mas com sede em teu deserto
Desaprendo como os dedos se
Entrelaçam entre o silêncio
Teu âmago quе é veneno, que еu devoro
Logo adoeço julgava em ti a cura para
O mal do qual padeço mas não e esqueço-o
Exibo a vida em excesso
Em noites tão mais longas que
O infinito do universo
Vê como caio e falho e não menos vezes peco
Não nego ser inverso aquilo
Que tantas vezes prego
No chão da tua arena onde não me rendo
Onde eu regresso gladeio pelo espaço no qual
Guardo os nossos erros
Obrigas-me à derrota - fracos ossos e eu cedo
Mas tem cuidado: os teus
Colossos são de gesso
Engole o meu sossego
Queres comer meu tempo, queres
Queres comer meu tempo
À luz de um sol mais negro
Queres comer meu tempo
Meu conforto, meu sustento
Banha-me em arrependimento
Queres comer meu tempo
E tudo aquilo que vive dentro
És as falácias do meu credo
Queres comer meu tempo, queres
Queres comer meu tempo
Boa gente abusa da gente
Mesmo se deixando abusar
Compra-me a qualquer preço
Na cama de um hotel de uma
Cidade da qual me esqueço
Nuns quantos copos nos quais
Vertes teus venenos
Após uns quantos corpos pareces sempre menos
E tão focada em tudo aquilo que nós parecemos
Quais as tuas ânsias agora que nós perecemos?
Testar teus labirintos? Nos quais tropeço
Cego voares-me para Berlim para
Passar contigo invernos?
Em contrapartida: cubro de ouro
Um dos teus dedos
Viro escravo do teu ego e juro
As horas a que chego caminho entre o cimento
Não quero mais ser: Mar Adentro
Tornaste-te um memento de um
Caminho tão cinzento cada vez menos escrevo
Vivo um poema grego o que é não servir para
Ti mas permanecer teu servo?
Termina com o meu vício e com
Tudo aquilo que vive dentro
E que eu descanse no Elísio -
Já não é teu meu tempo
Engole o meu sossego
Queres comer meu tempo, queres
Queres comer meu tempo
À luz de um sol mais negro
Queres comer meu tempo
Meu conforto, meu sustento
Banha-me em arrependimento
Queres comer meu tempo
E tudo aquilo que vive dentro
És as falácias do meu credo
Queres comer meu tempo, queres
Queres comer meu tempo
Tem muito como a gente se
Livrar da nossa história
Você está na mão do outro, conscientemente
A gente sempre está
Numa obsessão de se deixar
Manipular, se deixar dominar
Se deixar acreditar o outro sabe, e não eu