João Tamura - O Sítio das coisas selvagens letra (lyrics)
[João Tamura - O Sítio das coisas selvagens letra lyrics]
A nossa vida é uma cassete
Tão sozinhos mas somos tantos no mesmo beco
Não há espaço para o sorriso na
Solidão do que é ser puta
Quando à falta de amigos só tens a lua
Nesta cidade é a maldade e
Podes tudo menos chorar
E o MD e o não sei quê
Experimenta aqui é só cheirar
Tão presos a esta merda
Nem sabemos o que é sonhar
Numa rua que nos acolhe sem nos amar
E partilhamos esta noite e
Partilhamos mais um cigarro
Na certeza de não existirmos fora
Das ruas deste bairro
Que nos agarra e nos mata lentamente
Que nos separa e nos arma frente a
Frente e neste espaço e tempo
Dar um passo eu tento e ela dança a dor
Sem pudor, sem planos, sem amor
Sem saber para onde vamos e
Eles desejam-te pela noite
Pois quando gemes são pianos que
Tão bem calam esta fome
Olivais sul, dois mil e sete
A nossa vida é uma cassete
Tão sozinhos mas somos tantos no mesmo beco
E somos tantos no mesmo aperto na
Solidão onde vem um deus
Quando à falta de alguém só tens o céu
E o que o cancro é e ela acende as velas
Uma casa não são as paredes
Mas aquilo que há dentro delas
E ela cambaleia nelas as
Mãos caem-lhe às pernas
E cai-lhe o coração ao chão quando as entrega
Sei que o amor já não nos toca
Tão imperfeitos juntos
Agarrados tanto à droga mas
Sentimos tanto tudo
Aprendemos a consumir e a vender
A sentir o acender e a fingir quando doer
E eu finjo mal e eu sinto que talvez
Este bairro ame a maldade ao ponto
De se tornar um ritual
É um ballet de balas, mas a dança é desigual
Pois em belém há sempre alguém que
Vive bem com o nosso mal