João Tamura, Sara Hayes, Miguel Cruz - Maria letra (lyrics)

[João Tamura, Sara Hayes, Miguel Cruz - Maria letra lyrics]

Tudo começa com umas mãos que não
Trazem mais que o medo
Que deslizam por um corpo tão
Antes do seu tempo
E esse tempo é mais que lento, pois não para
Continua
E é o medo e é o negro quando maria fica nua
E há o desejo de não ser
Mais mulher não mais viver
Não ser alguma coisa que
Algum homem quer foder
E a violência que o acompanha
É um hábito que aceita
E dói-lhe o corpo inteiro quando se deita
Então cheira
Entre trocos e um bouquet entre copos e MD
Pois maria quando fode não é
Mais que o amor fingido
E a maria tanto morre toda a
Vez que despe o vestido
Tudo o que dói à noite dói mais


E a cidade é dos animais
E ela vagueia por entre eles
E exibe-se sob sinais
E exibe a sua carne: as rugas e as varizes
E as mamas
E as pernas e as putas das cicatrizes
E o engate é uma dança
Que se acalme toda a vergonha
Pois na cidade há bueda drogas
E ela adora-as todas
E em maria há o chorar pois viver assim magoa
E se um amor é um combate o sexo é a derrota
E a morte é toda a dor que no sozinho nega
Pois quem nunca teve amor
Qualquer carinho pega
E despe-se ao calor que
Aquele sorriso entrega
E vai-se todo o pudor no
Sabor que o vinho cega
E veste-se para ser despida e
Maquilha toda a sida
E fode para viver maria, a vida é tão fodida
E às vezes a melancolia
Leva-a ao cinema sozinha
E que tudo entre em Maria
Até ela encontrar a saída

O que tens nas mãos é meu e teu

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